Eu Quero Fazer Eu Mesmo
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Marca 9:14-29 Eu Quero Fazer Por Mim Mesmo
Por O Rev. James T. Batchelor
Lembro-me de crescer na igreja e de ouvir o relato no Evangelho de hoje. O que realmente me impressionou quando criança – na verdade, me assustou – foi que Jesus ficou muito frustrado com os discípulos. Ele ficou frustrado por os discípulos não serem capazes de lidar com este menino possuído pelo demônio.
Eu era muito jovem para expressar meus sentimentos, mas se eu pudesse ter expressado meus sentimentos, teria sido algo assim: “Eu não quero que Jesus fique frustrado comigo. É melhor eu aprender a expulsar os demônios das pessoas possuídas por demônios. Na verdade, se eu tenho uma fé poderosa o suficiente, eu deveria ser capaz de curar pessoas de todos os tipos de problemas”. Tenha em mente que isto foi numa época da minha vida em que eu pensava que se eu amarrasse uma toalha ao pescoço para que parecesse uma capa, eu deveria ser capaz de pular no ar e voar como o super-homem.
Agora, apesar do fato de que eu tinha mais imaginação do que senso quando eu tinha aquela idade, a questão ainda permanece. Jesus disse: “Geração incrédula, por quanto tempo estarei contigo? Quanto tempo devo suportar contigo? Traga-o até mim.” (Marcos 9:19) Jesus está claramente frustrado com os discípulos porque eles não foram capazes de lidar com esse demônio. Se Ele também está frustrado connosco porque não podemos fazer milagres de cura?
É aqui que uma das grandes regras de interpretação bíblica vem em nosso socorro. Devemos sempre ler a Bíblia à luz do seu contexto completo, incluindo o contexto da cultura em que ela foi escrita. Se trabalharmos a partir do Evangelho de hoje – para pegarmos algum contexto em Marcos 6 – lemos estas palavras:
Jesus “chamou a si os doze, e começou a enviá-los dois a dois; e deu-lhes autoridade sobre os espíritos imundos”. Ordenou-lhes que não levassem nada para a viagem, a não ser um cajado apenas: sem pão, sem carteira, sem dinheiro na bolsa, mas que usassem sandálias, e não colocassem duas túnicas. Ele disse-lhes: ‘Onde quer que entrem numa casa, fiquem lá até que saiam de lá’. Quem não te receber nem te ouvir, ao saíres dali, sacode o pó que está debaixo dos teus pés para um testemunho contra eles. Certamente, eu vos digo, será mais tolerável para Sodoma e Gomorra no dia do juízo do que para aquela cidade! Eles saíram e pregaram que as pessoas deviam arrepender-se. Expulsaram muitos demônios, e ungiram muitos com óleo que estavam doentes, e os curaram”. (Marcos 6:7-13) Essas palavras nos ensinam que Jesus já havia dado autoridade aos discípulos. Jesus já lhes havia dado autoridade sobre os espíritos imundos. Eles eram capazes de expulsar demônios e curar os doentes. Jesus tinha prometido dar-lhes essa autoridade e isso aconteceu exatamente como Jesus prometeu.
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Tambem temos uma promessa de Jesus que nos dá a autoridade para realizar milagres de cura? Quando examinamos as Escrituras, não encontramos um lugar onde Jesus tenha prometido estes sinais milagrosos de cura. Em vez disso, estes milagres foram dados especificamente aos Apóstolos como sinal do seu ofício de apóstolo. Eram eles a quem Jesus havia designado os Seus ensinamentos até que eles pudessem escrevê-los. Eram aqueles a quem Jesus tinha dado autoridade para informar à igreja quais escritos eram as verdadeiras escrituras inspiradas pelo Espírito Santo. Eles eram aqueles que tinham a promessa de Jesus de autoridade sobre doenças e demônios.
Então qual era o acordo no Evangelho de hoje? Por que os discípulos não foram capazes de expulsar o demônio? O que correu mal? Porque estava Jesus frustrado com eles?
No final, resume-se ao velho problema da humanidade. Se olharmos para a história do Antigo Testamento, aprendemos que cada vez que os filhos de Israel se tornavam bem sucedidos, eles pensavam que era obra deles. Eles começaram a deixar Deus fora de cena. O ciclo se repete uma e outra vez ao longo do Antigo Testamento. Os israelitas estão em apuros. Eles se voltam para Deus. Deus os resgata. Os israelitas tornam-se bem sucedidos. Eles esquecem-se de Deus. Sem a proteção de Deus, eles voltam a ter problemas. Quando se metem em sarilhos, voltam-se para Deus e o ciclo repete-se. Isto demonstra um problema que todos os seres humanos têm. Quando as coisas vão bem, nós tendemos a esquecer de Deus.
Os discípulos tinham esquecido a fonte do seu poder. Eles tinham esquecido que não eram eles que estavam fazendo a cura e assim por diante. Ao invés disso, é Deus quem faz a cura. Na verdade, a leitura de hoje nos diz que os discípulos nem sequer rezaram sobre o menino. Disse-lhes: “Este tipo não pode sair por nada, exceto pela oração e pelo jejum”. (Marcos 9:29). Jesus nem sequer qualifica as palavras oração ou jejum. Ele não diz oração fervorosa ou oração intensa ou oração persistente e jejum. Ele apenas diz oração e jejum. Ao invés de pedir a Deus para expulsar o demônio, os discípulos simplesmente tentaram fazer isso em seu próprio poder.
Este é o verdadeiro motivo de frustração da parte de Jesus. A fé deles estava em si mesmos e não em Deus. Eles não tinham sequer convidado Deus para ajudá-los, muito menos tinham confiado em Deus para todo o milagre.
Estamos indefesos sem Deus. O Espírito Santo inspirou o Apóstolo Paulo a dizer assim: “… vocês estavam mortos em transgressões e pecados”. (Efésios 2:1b) Os mortos não podem fazer nada. Não podem nem mesmo acreditar por si mesmos. O próprio Jesus disse: “Eu sou a videira”. Vocês são os ramos. Aquele que permanece em mim, e eu nele, o mesmo dá muito fruto, porque, além de mim, nada podeis fazer”. (João 15:5)
Não podemos fazer nada sem Cristo, porque a lei de Deus exige perfeição. Um pecado – uma indiscrição e a nossa eternidade está condenada. Lembre-se que o pecado também inclui aqueles momentos em que falhamos em fazer o que Deus quer que façamos. Este é um padrão totalmente impossível para as pessoas que estão espiritualmente mortas quando vêm a este mundo. Nossa única esperança deve estar em Jesus.
É a fé em Jesus que nos dá esta esperança. Em outro tempo e lugar, Jesus disse: “Aquele que crê nele não é julgado”. Aquele que não crê já foi julgado, porque não creu no nome do único Filho de Deus”. (João 3:18) Com isso aprendemos que só a fé no próprio Filho de Deus, Jesus Cristo, nos salva da condenação. Qualquer outra fé nos condena à eternidade no inferno.
Jesus era a única solução para o filho possuído pelo demônio, assim também Jesus é a única solução para nós. Assim como Jesus lidou com o demônio no Evangelho de hoje, Ele também lida com o pecado em nós. Ele não nos pede para trabalharmos fora do nosso próprio pecado. Em vez disso, Ele trabalhou dos nossos pecados por nós. Ele levou nossos pecados sobre Si mesmo e depois os carregou para a cruz. Ele levou o castigo dos nossos pecados sobre Si mesmo para que nós não tivéssemos que sofrer por eles. Ele venceu o pecado com o Seu sofrimento e morte e então venceu a morte levantando-se da sepultura. Agora Ele oferece a cura do pecado para toda a humanidade.
Nós recebemos esta cura pela fé, mas mesmo aqui, as forças do pecado tentam nos enganar. O diabo, o mundo, e mesmo nossa própria natureza pecaminosa tentam nos convencer que esta fé é algo que produzimos em nós mesmos. Na verdade, há uma canção popular que começa com a letra: “Eu decidi seguir Jesus.” Compare essa afirmação com as palavras que o Espírito Santo inspirou Paulo a escrever: “A mente da carne é hostil a Deus, pois não está sujeita à lei de Deus, nem pode estar.” (Romanos 8:7) Com isso aprendemos que não só é impossível para alguém produzir fé dentro de si, mas a pessoa sem fé é hostil a Deus.
Paul também escreveu: “Por isso vos faço saber que nenhum homem falando pelo Espírito de Deus diz: ‘Jesus é maldito’. Ninguém pode dizer: ‘Jesus é Senhor’, a não ser pelo Espírito Santo’.” (1 Coríntios 12:3) Assim como o pai teve de trazer seu filho a Jesus no Evangelho de hoje, assim também nós não podemos vir a Jesus Cristo. Como Martinho Lutero explica: “Eu acredito que não posso pela minha própria razão ou força acreditar em Jesus Cristo, meu Senhor, ou vir até Ele. Mas o Espírito Santo me chamou pelo Evangelho, me iluminou com Seus dons, me santificou e me guardou na verdadeira fé”. (Pequeno Catecismo, Credo, Terceiro Artigo) Não há maneira de criarmos fé em nós mesmos. O Espírito Santo deve dá-la a nós como um dom.
Isto nos traz de volta à oração do Pai: “Eu creio”. Ajude a minha descrença!” (Marcos 9:24b) Quando nós cristãos oramos esta oração, reconhecemos que nossa fé é fraca e não podemos fazer nada para mantê-la, muito menos fortalecê-la. Estamos clamando a Deus de nossa total impotência e implorando a Ele para nos manter em uma fé verdadeira até que Ele venha nos levar para casa, para Ele mesmo no céu.
O Espírito Santo trabalha para nos dar uma fé que acredita na graça de Deus, não em nossas próprias obras. Ele nos chama a crer naquele que é o caminho, a verdade, e a vida. Ele nos chama a crer naquele que expulsa os demônios e nos dá a verdadeira vida em seu lugar. Ele nos chama a acreditar em Jesus Cristo. A fé que vem de dentro de nós vai falhar. A fé que vem do mundo falhará. Somente o dom da fé do Espírito Santo em Jesus Cristo durará para sempre. E somente através dessa fé Jesus nos dará o perdão dos pecados, vida e salvação. Amém
Citações das Escrituras da Bíblia Mundial Inglesa.