Objetivo: Comparar o ultrassom 2D padronizado (US) com as novas técnicas de imagem ultrassonográfica 3D/4D US e fusão de imagem (exibição combinada em tempo real do modo B e tomografia computadorizada) para medição de rotina do diâmetro da aorta no acompanhamento após a correção endovascular de aneurisma da aorta (EVAR).
Método e materiais: 300 medições foram realizadas em 20 pacientes após EVAR por um ultrassonografista experiente (3º grau da sociedade alemã de ultra-som (DEGUM)) com uma máquina de ultra-som de alta qualidade e uma sonda convexa (1-5 MHz). Um protocolo de varredura padronizado internamente do diâmetro do aneurisma da aorta no modo B utilizou o chamado método de ponta. Em resumo, cinco diferentes métodos US (2D, 3D mão livre, campo magnético rastreado 3D – Curefab™, varredura de volume 4D, fusão de imagem), cada um incluindo ultra-som contrastado (CEUS), foram usados para a medição do diâmetro máximo do aneurisma da aorta. A ultrassonografia 2D padronizada foi o padrão de referência definido para análise estatística. O CEUS foi utilizado para a detecção de vazamento interno.
Resultados: O sucesso técnico foi de 100%. Em imagens transversais aumentadas o diâmetro médio anteroposterior aórtico (AP) foi de 4,0±1,3 cm para US 2D, 4,0±1,2 cm para 3D Curefab™, e 3,9±1,3 cm para US 4D e 4,0±1,2 para fusão de imagens. As diferenças médias foram inferiores a 1 mm (0,2-0,9 mm). Com relação à estimativa de crescimento do aneurisma, foi encontrada concordância entre US 2D, 3D e 4D em 19 dos 20 pacientes (95%). A decisão definitiva pode sempre ser feita por fusão de imagens. A ECUS foi combinada com todos os métodos e detectou dois dos 20 pacientes (10%) com um endoleak tipo II. Em um caso, as artérias de alimentação com endoleak permaneceram pouco claras com CEUS 2D, mas puderam ser claramente localizadas através de CEUS 3D e fusão de imagem.
Conclusão: O US 2D padronizado permite um acompanhamento de rotina adequado do diâmetro máximo do aneurisma da aorta após EVAR. O Image Fusion permite uma declaração definitiva sobre o crescimento do aneurisma sem a necessidade de novas imagens de TC, combinando a tomografia pós-operatória com o modo B em tempo real em um display de imagem duplo. 3D/4D CEUS e fusão de imagens podem melhorar a caracterização do endoleak em casos selecionados, mas não são obrigatórios para a prática rotineira.