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Fui deitar-me ontem à noite com 32 anos e acordei com 33 anos de idade. Não foi assim há tanto tempo que fiz 30 anos e, reconhecidamente, ainda penso que tenho 30 anos. Os últimos três anos têm sido um borrão por muitas razões, mas principalmente por causa da paternidade. Segundo um estudo recente, 33 anos é a idade mais feliz da nossa vida, o que é promissor.
Muito pavor de acrescentar mais um ano à sua vida e eu consigo; no entanto, sinto-me abençoada por ter feito mais um ano. Respirar é viver e é um privilégio que nem sempre é concedido a todos. Algumas pessoas acordaram esta manhã para ouvir más notícias sobre um amigo ou talvez tenham acordado para mais tarde aprenderem notícias que mudariam para sempre o rumo das suas vidas.
Acordei hoje para celebrar o dia em que nasci. Um dia que mudou para sempre a vida dos meus pais e um dia que começou a minha jornada nesta Terra.
Damos os aniversários por garantidos. Rimo-nos e dizemos: “Não me lembres, estou a envelhecer”.
Estamos a envelhecer e não faz mal. Talvez me esteja a tornar um sofá ou talvez seja porque agora sou mãe. Não consigo suportar a ideia de deixar a minha família e os meus entes queridos. Talvez seja porque me sinto dominada pela tristeza e tristeza cada vez que ligo as notícias. Isso era amigo de alguém. Era o pai de alguém. Aquela era a filha de alguém.
A consciência de que a própria vida é frágil, envelhecer não tem que ser deprimente, mas pode ser bastante libertadora. Eu acho que fazer 33 anos é óptimo. Ainda sou responsável o suficiente para pagar as minhas contas e cuidar de outros seres humanos, mas ainda estou disposto a ir lá fora e ter alguma boa diversão.
O melhor de ser 33: não me importo tanto com o que as pessoas pensam de mim como em tempos. Eu me preocuparia muito tentando agradar as outras pessoas.
Existem apenas algumas opiniões que realmente me interessam: a minha filha, por exemplo.
É reconfortante saber que a minha filha me acha a mais bonita nos dias em que estou a abanar o pão e as calças de treino desarrumadas, parecendo uma confusão quente. Eu sei disso porque ela me disse na semana passada quando disse: “Mamãe, você é linda”, na sua minúscula voz inocente.
Virar 33 anos é….
…permitindo-se sentir amada por aqueles que o aplaudem enquanto opta por ignorar os que odeiam ou não.
…estar confortável na sua própria pele por mais enrugada que esteja a começar a ficar.
…apreciar os bons momentos e não tomar as coisas como garantidas.
…estar tão incrivelmente ocupado que se espera pelo dia em que não tem nada para fazer, mas saber que quando chegar a esse capítulo vai sentir falta destes tempos loucos e caóticos. Sabe isto porque as pessoas estão sempre a lembrar-lhe.
… encontrar um cabelo no queixo e rapar a cara toda em descrença. Sim, eu fui lá!
… fazer compras no Target, esgueirar-se para o Café Starbucks ou conduzir no seu carro apenas mais alguns minutos simplesmente para ter algum tempo sozinho – mesmo que seja apenas por alguns minutos.
… conduzir num carro não tão novo com roupas velhas para poder poupar dinheiro para viajar com as suas famílias, porque fazer recordações é mais importante do que gastar dinheiro com uma mala de mão nova que só será arruinada por bolachas de criança, embalagens de chicletes velhas e sumo.
… sair da sua zona de conforto e conhecer novas pessoas com diferentes vistas e origens. Você está ansioso para aprender mais sobre o mundo à sua volta em vez de ficar fechado na sua ‘bolha’.
…passar as noites de sexta-feira em casa a ver o Dateline ou 20/20 com o seu marido e estar totalmente bem com essa decisão.
…nunca ficar acordado o tempo suficiente para ver o Saturday Night Live na sua totalidade.
…deitar fora aquelas calças de ganga do liceu ou da universidade porque está na hora. (“Let it Go!”)
….faltando aqueles que faleceram. Sentir muito a falta deles.
…perceber que ainda há tempo para recomeçar. Podes sempre ser jovem de coração.
…olhando para os estudantes do liceu e da universidade e pensando como eles são jovens. Parecemos assim tão tontos?
…ossos a rachar. Sim, alguns dos meus ossos já estão a rachar.
…tentando ser um arriscador mas também sabendo que não há maneira de ir escalar montanhas nesta altura da sua vida. Você sabe o que gosta e o que não tem interesse em fazer.
… olhando para o seu marido sabendo que tomou a decisão certa de casar com ele mesmo depois dos altos e baixos de criar filhos pequenos.
Que bom desporto!
…aprendendo a dizer “Não!”
…aprendendo a dizer “Sim!” a coisas novas que sempre quiseste experimentar mas que no passado tinhas medo.
…olhando para o teu enteado adolescente e apreciando o teu incrível laço que demorou tanto tempo a criar. Valeu definitivamente a pena esperar.
…queixar-se do seu cão e de como ele o tropeça a toda a hora, mas sentir falta dele quando está fora.
…sentir o sol brilhar na sua pele não tão suave com SPF-30, claro.
…conhecer a sua auto-estima. Você perdeu muito tempo nos seus vinte anos nessa confusão.
…pensando em problemas de adultos, mas não querendo fazê-los porque você ainda não se considera um adulto. (Etc. testamentos, reforma, poupanças, etc).
…felicidade envolta numa bola de stress.
…não se levando demasiado a sério e lembrando-se de encontrar sempre um motivo para rir. É o melhor remédio.
Virar 33 anos significa coisas diferentes para pessoas diferentes.
Só te posso dizer o que significa para mim. A vida na casa dos trinta não é assim tão má – por acaso, olho para trás nos últimos anos com carinho. Estou entusiasmado por ver o que o próximo ano traz consigo e estou grato por ainda estar nesta Terra a respirar com todos os meus entes queridos.
Eu definitivamente penso que fazer 33 anos pode levar-me ao ano mais feliz da minha vida, mas depois, mais uma vez, terás de continuar a seguir para ver se isso é verdade! A felicidade é uma escolha que todos nós temos de fazer. É preciso trabalho, mas eu estou à altura do desafio. Obrigado, Deus, por me deixares crescer mais um ano e espero que mais um ano mais sábio….
Que idade achas que é a idade mais feliz da vida de uma pessoa?